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Na sessão desta terça-feira alguns vereadores se manifestaram a respeito da denúncia de um suposto superfaturamento em obra que vem sendo realizada pela Prefeitura, em um prédio situado ao lado da Câmara Municipal de Piên, que abrigará a nova sede da Secretaria de Planejamento. A denúncia foi feita por um meio de comunicação que responsabilizou a vereança apontando que os vereadores não estariam cumprindo com seu papel de agentes fiscalizadores do Poder Executivo.
Ocorre que na sessão de ontem os vereadores aprovaram um Requerimento de Informações, solicitando ao Poder Executivo diversas informações a respeito da obra em questão bem como o motivo que levou a Prefeitura a contratar empresa terceirizada para realizar a terraplanagem, tendo em vista que a municipalidade dispõe de maquinário para realização do serviço que fora contratado.
A vereadora Seandra Cordeiro de Oliveira foi a primeira a falar sobre o assunto. “Eu acho válido a manifestação. Mas, acho também que a matéria ficou falha no sentido de se trazer provas do que estava sendo informado. Fui muito questionada sobre a função fiscalizatória, que de fato é uma das funções primordiais de nós vereadores. Infelizmente, na matéria, ficou muito atrelado toda a questão a figura do presidente da Câmara, embora a gente saiba que todos nós temos a mesma função. Acho que a matéria foi válida por um único motivo, como um ‘puxão de orelhas’, no sentido que temos que fiscalizar sim”, disse.
Seandra ainda fez questão de comentar que a reportagem em questão fez parecer que os vereadores de Piên não estão cumprindo com seu trabalho. “Ficou chato, e isso não é verdade, pois todos os vereadores aqui estamos se empenhando ao máximo. Agora, temos que dar uma resposta para população. O importante é que a população saiba que desde o momento que recebemos a denúncia estamos apurando os fatos. Não vamos colocar o dedo na ferida e apontar o Executivo sem ter as devidas informações”, acrescentou.
Ao detalhar os questionamentos que constam no Requerimento de Informações, Seandra elencou ainda que, em seu ponto de vista, a pergunta mais importante é por que o Poder Executivo contratou uma empresa terceirizada para realizar uma obra que não tem necessidade de urgência. “Todas as sessões apresentamos proposição que, principalmente abrangem as secretarias de obras, planejamento e urbanismo, e as respostas sempre têm sido as mesmas, que não se tem recursos. No entanto, a Prefeitura contrata empresa terceirizada para fazer um serviço que não é urgente”, indagou Seandra solicitando que a Prefeitura forneça as informações requisitadas pelo Poder Legislativo no prazo regimental, que é de 30 dias.
Por fim, Seandra elencou que os vereadores precisam dar tais respostas para população. “Essas dúvidas não podem pairar no ar”, disse. Ela ainda fez apelo para que a população continue segura quanto ao papel dos vereadores. “Todos os vereadores aqui estão cumprindo seu papel. Ninguém aqui está sendo beneficiado de forma alguma, por fazer vistas grossas. Nada disso. É bem importante que a Prefeitura forneça as respostas desse Requerimento o mais breve possível”, concluiu.
O vereador Almir Pedro Mielke também se manifestou sobre os fatos. “Creio que não haja nada de errado. Mas a denúncia é bem válida. Precisamos realmente comprovar que não há nada de errado. Mas não podemos julgar ninguém antes de ter respostas. Como foi colocado, parece que estão roubando e que nós vereadores não estamos fazendo nada, mas, não é bem assim”, disse Almir.
O presidente da Câmara de Vereadores, Giomar da Rosa, elencou que respeita todos jornalistas e repórteres, porém, salientou que é importante que a verdade sempre prevaleça. “Fiquei muito aborrecido porque ficou toda situação como se decaísse tudo em cima da Câmara. Foi colocado que entraram em contato comigo e que eu me omiti de falar. Em nenhum momento me omiti, estava esperando o jornalista aqui na Câmara, como havia combinado”, disse o vereador Juma.
O vereador Altevir Minickovski, o Tevo, saiu em defesa do presidente da Câmara. “Eu fui o único vereador a ser procurado para dar entrevista. Depois que ele (repórter) saiu do meu estabelecimento, ele perguntou e eu informei ele que o Juma estava na Câmara esperando. Mas, tenho certeza que ele (repórter) não foi na Câmara e não entrou em contato com o Juma. Simplesmente ele saiu do meu estabelecimento e foi para Curitiba. Quiseram jogar tudo nas costas do presidente e que ele não quis atender nem dar entrevista, isso é uma tremenda mentira”, disse Altevir.
O vereador Altevir também cobrou que as respostas do Requerimento de Informação, sejam respondidos o mais breve pela Prefeitura. “Nós vereadores estamos sendo cobrados e vamos ter que dar essas respostas, não podemos deixar assim. O povo está falando por ai de nós vereadores, tão achando que se está sendo desviado alguma coisa, nós vereadores estamos levando uma fatia. Então, o quanto antes esclarecermos isso ai, melhor vai ser”, concluiu.
O Requerimento de Informação solicitando diversos dados a respeito da obra em questão, foi assinada pelo presidente do Poder Legislativo, o vereador Giomar da Rosa, e pela vice-presidente da Câmara, a vereadora Seandra Cordeiro de Oliveira. Os vereadores Almir Pedro Mielke, Altevir Antônio Minickovski, Eduardo Pires Ferreira e Dorivaldo Ritzmann também assinaram o documento. Para acessar o Requerimento clique no link a seguir:
